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ION MINULESCU
( ROMÊNIA )

Nascido em Bucareste, cresceu em Slatina, de onde é natural sua mãe. Frequentou a escola primária e secundária em Pitesti . Ele passou no exame de bacharelado em 1899 em uma pensão privada em Bucareste, "Brânza și Arghirescu". Em 1897 , sob o pseudônimo (IM) Nirvan, apareceram na revista Povestea vorbei as primeiras produções poéticas de Ion Minulescu, então ainda estudante em Pitesti . Em 1898 , sob a assinatura de I. Minulescu-Nirvan, o jovem poeta publica em Foaia pentru tutti , dois anos depois o poeta vai para Paris estudar Direito . Porém, os poetas franceses mudam seus desejos e, cativado por seus escritos, ele esquece os estudos jurídicos. Depois de apenas 4 anos retorna ao país, onde compõe poesia e prosa. Em 1905 publicará alguns poemas, alguns fragmentos de prosa de Jurnalul unui pribeag , na revista Viața nouva de Ovid Densusianu , um dos órgãos mais importantes do movimento simbolista. Em 1906 , Ion Minulescu começa a publicar parte dos versos que irão compor os Romances para posteriormente na revista Viața literără și artistică lui Ilarie Chendi . Também neste ano começa a amizade com Dimitrie Anghel , com quem traduzirá em colaboração versos de Albert Samain , Charles Guérin , Henry Bataille , Henri de Régnier , publicados em Sămănătorul . Os dois amigos passam o inverno de 1906-07 em Constança , encontrando-se os ecos desta estadia nas margens do Mar Negro nos seus poemas, nos romances minulescianos Romances para Mais Tarde ( 1908 ) e em Fantaziile lui D. Anghel ( 1909 ).

No ano de 1914 , em 11 de abril , ocorreu o casamento de Ion Minulescu com Claudia Millian ( 1887-1961 ), poetisa simbolista, autora de volumes de poemas Cravos Vermelhos (1914), Canções para o Pássaro Azul ( 1923 ), Integerire ( 1936 ) , bem como e algumas peças, incluindo o drama Quero Viver ( 1937 ). Ion Minulescu e Claudia Millian tiveram uma filha, Mioara Minulescu, uma talentosa artista plástica, que se dedicou com filial devoção à preservação da memória dos seus pais. Seguem-se os anos de guerra, 1916-18 , quando os Minulescos se refugiam em Iași . Após este episódio surge um novo volume em prosa de Minulescu: Máscaras de bronze e lanternas de porcelana ( 1920 ).

Um ano depois, Minulescu estreia-se como autor dramático: a peça Pleacă berkezele e a comédia de um ato Lulu Popescu são apresentadas no palco Nacional ( 10 de janeiro ).

Em 1924 apareceu o romance Vermelho, amarelo e azul , um dos grandes sucessos literários da época, depois de ter sido publicado anteriormente nas páginas da Vida Romena . Representa o Homem que Deve Morrer , "trágico grotesco em três atos", publicado posteriormente, em 1939 , sob o título Ciracul lui Hegesias , e 6 anos depois, em 1930 , apareceu o volume Estâncias para Todos . Aparece a coleção de contos fantásticos Leia-os à noite .

Em 1940 foi iniciado na Maçonaria junto com sua esposa, Claudia Millian-Minulescu.

Diretor Geral das Artes do Ministério dos Cultos e Artes. Dirigiu as publicações simbolistas Revista celor e Insula . Estreou com poemas na revista Povestirea vorbii . Foi formada sob a influência sucessiva de Duiliu Zamfirescu , Alexandru Macedonski , Ștefan Petića e dos simbolistas franceses e belgas. Ele também escreveu prosa, peças de teatro e crônicas dramáticas.

Ion Minulescu morreu em 11 de abril de 1944 , em Bucareste , após um ataque cardíaco . Ele está enterrado no Cemitério Bellu.

POESIA SEMPRE.  Minas Gerais.  Número 22. Ano 1.  Janeiro – Março 2006.  Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional,  2006.   ISSN 0104-0626.                          Ex. biblioteca de Antonio Miranda

TRADUÇÃO DE JULIA CÂRAP

Em Vez de Prefácio

Não fui assim como se diz
e não sou nem assim como sou —
não sou nem fogo
nem vento!
Nada sou do que poderia ter sido sobre a terra...
Não sou mais que um feixe de belas palavras,
que espera um leito honesto para me vingar
e mostrar ao mundo quem sou eu!


Canção pra o Caminho

Quando parti, sabia só que fica longe,
que é muito penoso, chegar onde queria;
mas onde fica aquele onde, não sabia,
por não tê-lo achado ainda em livros.

Longos e velhos caminhos, trilhados
por tantos que, antes de mim, partiram
andei, guiado por uma estrela:
os ícone

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Página publicada em julho de 2024